quarta-feira, 29 de julho de 2009
sexta-feira, 24 de julho de 2009
quarta-feira, 22 de julho de 2009
domingo, 19 de julho de 2009
um beijo pra quem é neurótico.
isso mesmo..
pra você que come demais,
.
que bebe no gargalo,
.que acabou com os cigarros da amiga,
que não trepa há meses.
.
beijo pra você, que tá igual a mim.
.
que é jovem, mas tem o cérebro enrugado.
.
que provavelmente não tem a tal da "paz
.
de estar em par com deus".
.
que a cada dia se sente mais desconectado
do mundo, de quem te ama.
beijo pra quem rói as unhas, pronto.
.
que se descabela à toa.
que se morde de ciúmes mas não abre a boca.
que tem preguiça de acordar
pra escola, pro dia, pra vida.
.
pra quem nasceu mal humorado e vai morrer dramático.
.
ou pra quem sente saudades, apenas.
sexta-feira, 17 de julho de 2009
quarta-feira, 15 de julho de 2009
humana, pelo amor de deus!
me deixa ter perna torta e unha suja?
e comer doce de leite em cone de pastel, deixa?
é feio ter fome às 4h da manhã?
e saudade, é pecado mortal? caralho!
tá doendo.
e comer doce de leite em cone de pastel, deixa?
é feio ter fome às 4h da manhã?
e saudade, é pecado mortal? caralho!
tá doendo.
segunda-feira, 13 de julho de 2009
the f word
algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando parar:
o que voce fala? "Fodeu de vez", é claro!
liberdade, igualdade, fraternidade, e "foda-se!"
o que voce fala? "Fodeu de vez", é claro!
liberdade, igualdade, fraternidade, e "foda-se!"
domingo, 5 de julho de 2009
ainda que.
E ainda que, sei lá. Eu pulasse da janela. Agora. Já pensou? Apertando no peito todas as cartas que eu jamais enviei.
Certo, é provável que eu nem me machucasse. É bem provável que meus joelhos suportassem a queda, uma vez que estou no primeiro andar de um prédio para velhinhos, e tem um jardim enorme lá embaixo. Mas supondo.
Ainda que eu me fodesse, estatelada, e que fosse o último andar de um puta arranha-céu, e que alguém, de uma outra sacada, de um outro prédio, acompanhasse a tragetória inteira. Acho que eu ia querer estar bonita. Pro 'alguém', não. Pra você.
Meio besta, né? Você nem ia ver, você estaria tomando um Milkshake sozinha no Starbucks, pensando no Beto. Talvez esperando o Beto. Talvez escrevendo um bilhetinho no guardanapo pro Beto, como eu fazia sempre quando te esperava no Fran's. Não, não. Não faz sentido eu querer estar bonita pra alguém que nem sabe que eu vou morrer. Aimeudeus. Eu vou morrer. Olha isso, o dia tá lindo e eu vou morrer. E alguém com certeza comentaria no dia seguinte, 'gente, a menina pulou, linda menina, lindíssima, usava um vestido vermelho, vista de longe era como que uma rosa despetalando prematura...', meu deus, você nem ia saber que era eu. Era eu, sempre fui, as cartas, ai, gente, que estrago. Ainda que eu entregasse as cartas antes.
Ainda que eu simplesmente pulasse, de pijama, não, de vestido de formatura, a cor vermelho-sangue do tecido em movimento contrastaria com o céu, e as cartas se perderiam no azul. (Me deixa morar nesse azul?)
Alguém com certeza ia ver. Talvez o Beto visse, acho que ele ia se culpar eternamente. Isso. Vou esperar dar o horário. Às 13h ele sái do trabalho e às 13:45h ele passa pela Avenida. É isso. Não tem erro.
Ai, a vontade de doer em alguém...
Certo, é provável que eu nem me machucasse. É bem provável que meus joelhos suportassem a queda, uma vez que estou no primeiro andar de um prédio para velhinhos, e tem um jardim enorme lá embaixo. Mas supondo.
Ainda que eu me fodesse, estatelada, e que fosse o último andar de um puta arranha-céu, e que alguém, de uma outra sacada, de um outro prédio, acompanhasse a tragetória inteira. Acho que eu ia querer estar bonita. Pro 'alguém', não. Pra você.
Meio besta, né? Você nem ia ver, você estaria tomando um Milkshake sozinha no Starbucks, pensando no Beto. Talvez esperando o Beto. Talvez escrevendo um bilhetinho no guardanapo pro Beto, como eu fazia sempre quando te esperava no Fran's. Não, não. Não faz sentido eu querer estar bonita pra alguém que nem sabe que eu vou morrer. Aimeudeus. Eu vou morrer. Olha isso, o dia tá lindo e eu vou morrer. E alguém com certeza comentaria no dia seguinte, 'gente, a menina pulou, linda menina, lindíssima, usava um vestido vermelho, vista de longe era como que uma rosa despetalando prematura...', meu deus, você nem ia saber que era eu. Era eu, sempre fui, as cartas, ai, gente, que estrago. Ainda que eu entregasse as cartas antes.
Ainda que eu simplesmente pulasse, de pijama, não, de vestido de formatura, a cor vermelho-sangue do tecido em movimento contrastaria com o céu, e as cartas se perderiam no azul. (Me deixa morar nesse azul?)
Alguém com certeza ia ver. Talvez o Beto visse, acho que ele ia se culpar eternamente. Isso. Vou esperar dar o horário. Às 13h ele sái do trabalho e às 13:45h ele passa pela Avenida. É isso. Não tem erro.
Ai, a vontade de doer em alguém...
Alô, Eduardo? Oi... Oi? Ah, pronto. Eu sei. Eu sei. Eu sei, Eduardo, que é tarde, acontece que eu to na frente da sua casa e... é, tô, tô desabrigada, sim. Oi? Embrigada? É, também. Pode falar alto, não tenho vergonha, não. Tô aqui pra dizer coisas assim mesmo. Magina que eu ia bater aqui na sua porta se o motivo não fosse forte. Por hoje, sou mendiga! Que horror, mendiga pateta, de salto quebrado. Seu burro, não é carência, não. Quê? Que isso! Gente, que abusado, magina! Não tô te pedindo favor nenhum! Eu já te pedi alguma coisa? Eduardo, já pedi?! Não pedi, né. Ah, bom. Vim aqui anunciar, Dudu, é o seguinte, vou ocupar a outra metade da sua cama, hoje. Hehe. Não, se assuste! O sofá, isso, pode ser. Vim dormir no seu sofá. E olha que é só por hoje, viu, você bem sabe que se eu quisesse, ficaria muito mais. Não quero. Não preciso. Ah. Hahaha, ah, bom. Bonitinho. Eu sabia. Eu sabia que você ia entender. Cê lembra, né. Eu não ronco, mentiroso! Eduardo, eu não dou um pio enquanto durmo e ainda sei fazer aquele sanduíche que é bom pra cacete, haha... oi? Isso, o de Rosbife! Cê lembra! Claro que lembra. Até a Clarinha que é vegetariana lembra HAHA, ai... peraí. Não acredito, Eduardo. Eduardo, você é um merda, foi isso mesmo que eu ouvi? CHARME, Eduardo? Quem aqui tá fazendo charme? Eu lá sou mulher de FAZER CHARME? Tô pedindo tua ajuda, porra! É, é, é, tô bêbada sim, viu, tô nada, tô é louca de maconha, chapada, doidona pra caralho! Não tenho um puto na carteira e me trancaram pro lado de fora, ouviu? Foda-se, Eduardo, foda-se a impressão que eu vou causar na tua namoradinha perfeita, não tá vendo que tá um puto dum frio lá fora e que nem meia no pé eu tenho? Nem meia, Eduar... EU NÃO QUERO UM PAR DE MEIA, ANIMAL! Opa. Hehe. Animalzinho... ninguém tá nervosa, são três da manhã, pelo amor de D... isso, é verdade, cê tá coberto de razão, meu amor. Mas olha, faz favor de abrir a porra da portinha, caralhozinho, porque eu vou deitar nessa merda desse seu sofazinho da Etna e dormir feito uma PEDRA, CARALHO! Gh, pedrinha, feito uma pedrinha.
...
Ai. Brigada. Ai, Eduardo, valeu mesmo. Por tudo, sabe. Puta, cara. Sem palavras. Me aturou por sete anos e agora isso. Você é um doce, juro. Um docinho. De coração, Eduardo, você é um amorzinho, às vezes eu acho ainda que gosto de você, sabe? É ridículo, eu sei, mas eu preciso confessar que nesses anos todos, sabe... ih... que foi, essa cara? Falando alto, EU? Porra, eu tava prestes a me abrir aqui pra você e... Tá. Tá bom. Desculpa, Eduardo. Desculpa então, seu merda. Meu tom de voz te perturba, é isso, né. Vai se foder, eu tô falando normal com você, não tô faltando com respeito nem nada, porra, vai então falar com aquela piranha violinista, logo. Mó intelectual, ela, né? Pff, desde quando cê entende de arte? Você é ridículo. Deve trepar mó bem, essa vadia, no mínimo. Vai lá, eu fico aqui falando sozinha, com a porta fechada, cê nem vai me ouvir. Vai dormir, vai. Me deixa. Oi? Não. Não, não tô com frio, não me venha querer fazer favores, quero porra de coberta nenhuma. Vai. Dorme. Esquece que eu tô aqui na sua sala. E na sua vida, né, Eduardo, finge que eu morri, firmeza?
...
Desculpa. Ai, juro. Sou uma escrota, né, desculpa mesmo. Você é um doce... um docinho. E tá lindo de barba, ai, gente... Olha, amanhã vou embora bem cedo, prometo. Vou fazer seu sanduíche, deixar em cima da mesa e me mandar, a piran... a sua namorada nem vai perceber. Vou só deixar o lanche, aquele lá, que a Clarinha gosta. Isso, o de Rosbife. Desculpa mesmo. E obrigada. Por tudo, Dudu, por tudo. Bonitinho. Dorme bem.
...
Ai. Brigada. Ai, Eduardo, valeu mesmo. Por tudo, sabe. Puta, cara. Sem palavras. Me aturou por sete anos e agora isso. Você é um doce, juro. Um docinho. De coração, Eduardo, você é um amorzinho, às vezes eu acho ainda que gosto de você, sabe? É ridículo, eu sei, mas eu preciso confessar que nesses anos todos, sabe... ih... que foi, essa cara? Falando alto, EU? Porra, eu tava prestes a me abrir aqui pra você e... Tá. Tá bom. Desculpa, Eduardo. Desculpa então, seu merda. Meu tom de voz te perturba, é isso, né. Vai se foder, eu tô falando normal com você, não tô faltando com respeito nem nada, porra, vai então falar com aquela piranha violinista, logo. Mó intelectual, ela, né? Pff, desde quando cê entende de arte? Você é ridículo. Deve trepar mó bem, essa vadia, no mínimo. Vai lá, eu fico aqui falando sozinha, com a porta fechada, cê nem vai me ouvir. Vai dormir, vai. Me deixa. Oi? Não. Não, não tô com frio, não me venha querer fazer favores, quero porra de coberta nenhuma. Vai. Dorme. Esquece que eu tô aqui na sua sala. E na sua vida, né, Eduardo, finge que eu morri, firmeza?
...
Desculpa. Ai, juro. Sou uma escrota, né, desculpa mesmo. Você é um doce... um docinho. E tá lindo de barba, ai, gente... Olha, amanhã vou embora bem cedo, prometo. Vou fazer seu sanduíche, deixar em cima da mesa e me mandar, a piran... a sua namorada nem vai perceber. Vou só deixar o lanche, aquele lá, que a Clarinha gosta. Isso, o de Rosbife. Desculpa mesmo. E obrigada. Por tudo, Dudu, por tudo. Bonitinho. Dorme bem.
Assinar:
Comentários (Atom)
